domingo, 18 de março de 2012

Pesquisas Antropológicas

Olá pessoas,

Hoje no meu post quero falar sobre 3 coisas: A primeira delas é que organizei minha agenda para que eu escreva todas as quartas-feiras. Então procurem dar uma passadinha aqui sempre depois de quarta que terá coisa nova. Minha idéia é que aos poucos o blog seja atualizado diariamente. O segundo assunto, é uma divulgação muito legal: acontecerá nesse ano em SP, do dia 2 a 5 de Julho, a 28ª RBA- Reunião Brasileira da Antropologia. O que estou gostando muito dessa edição é a temática: Desafios Antropológicos Contemporâneos. Terá muitos grupos de trabalhos interessantes! Confesso que ainda não decidi no que tanto conseguirei participar, mas estou com água-na-boca por vários deles. A programação aliás é bem extensa, então sugiro que vasculhem e vejam como está legal.  Ah, só pra quem já está com aquela coceirinha de vontade…EU VOU!



Já que estavamos falando da RBA, vamos para o terceiro assunto do dia. Esse ano o tema da Reunião ganhou meu coração. No site, na nota de abertura do evento, a atual presidente da ABA toca num ponto muito importante: as transformações que estão ocorrendo no campo antropológico. Existem demandas do mercado de trabalho em relação a pesquisa antropológica, para isso é preciso pensar sobre os dilemas e os desafios presentes, propondo soluções.

Acho que estamos num período crucial para a Antropologia, que está cada dia ganhando mais espaço no mercado de trabalho em geral. Hoje encontramos muitos profissionais em empresas pesquisando as práticas sociais. Estou curtindo essa idéia de pensar o mundo pela ótica dessas práticas sociais… acho bem legal fazer pesquisas com um objetivo mais prático, ver a cultura materializada em costumes e hábitos de consumo… Me lembro da primeira vez que li Marcel Mauss - um autor clássico da antropologia, onde ele falava que o corpo é culturamente treinado e que ele podia distinguir uma francesa de uma inglesa pelo andar. Guardada a temporalidade de suas pesquisas eu acho isso incrível… e isso para mim é apaixonante. Entendo porque o Mauss era rodeado de alunas!

Ainda sobre esse assunto tem um caso que acho muito legal. Há 20 anos, a empresa LEGO tinha grande popularidade com as crianças, passado os anos, a vida tornou-se mais dinâmica e o interesse pelo brinquedos da LEGO foram diminuindo. Quando eles estavam na iminência da falência, decidiram trocar a gestão da área criativa. Tiveram a excelente idéia de contratar uma equipe pra pesquisar o porquê das crianças não se interessarem mais pelos brinquedos deles. Essa equipe, que era formada por antropólogos, constatou que as crianças estavam interessadas em brinquedos eletrônicos - isso há uns 10 anos. Foi quando a LEGO criou a linha Mindstorm, um case de sucesso da empresa que a levantou novamente. Hoje a LEGO continua sinônimo de inovação e continua sendo sucesso entre as crianças.

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